- Clarice Lispector
Quando eu crescer...Eu deveria ter continuado com (algumas) manias de criança, aquelas que me caracterizavam e me faziam única. Fui crescendo e tendo vergonha, deixando para trás tudo. Esquecendo como dizer desculpas e abraçar alguém, mesmo sabendo que estava certo, seguindo sem medo por caminhos desconhecidos se qualquer medo de cair, mesmo sabendo que depois eu poderia levantar, deixando de fazer perguntas que por mais que me constrangessem em perguntar são essenciais saber as respostas...
São coisas assim que não podemos deixar para trás, são tão essenciais, fazem tanto parte de nós, que às vezes enterramos esse pedaçinho na nossa metamorfose para a vida madura pois queremos ser grandes e pouco esquisitos. Esquisito todo mundo é, mas ninguém quer ser algo fora do normal, estou errada? Podemos querer ser diferentes, únicos, mas ninguém quer ser tão único a ponto de não ter ninguém, nem ao menos sememlhante.
Acredito que o maior truque da vida se aprende com a própria. Através de experiências, erros e acertos, isso faz de nós cada vez nós mesmos. E quem quiser ser (quase) perfeito tem muito o que errar pela frente, ninguém consegue ser, mas o que na verdade estamos a procura é da nossa querida felicidade. Então, se eu puder aconselhar alguém por aqui é: resgatar a curiosidade da infância e procurar coisas que saiam da nossa zona de conforto. Quem está confortável com o seu estado não busca mais, quem está confortado com o seu estado jamais vai sair dele, temos que ter um mínimo de ambição e nunca parar em um lugar só.
Vamos à luta e fazer dela um misto de alegria e bem estar. Vendo as coisas de um ponto de vista um tanto diferente, um ponto de vista que deixamos lá atrás.
xoxo NR